Neuromodulação
A neuromodulação, de forma simples, é uma técnica que visa influenciar a atividade do cérebro e do sistema nervoso para tratar uma variedade de condições de saúde.
Existem dois tipos principais de procedimentos: invasivos e não invasivos. Ambos os métodos têm o objetivo de restaurar ou ajustar a atividade neural para melhorar a saúde e o bem-estar do paciente.
O objetivo do DBS é aliviar os sintomas de condições neurológicas, como, por exemplo, a Doença de Parkinson e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Ambas são condições com alto potencial de debilitação e, por isso, pacientes portadores costumam se beneficiar muito com a aplicação da DBS.
Além de atenuar os efeitos da Doença de Parkinson e da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a Estimulação Cerebral Profunda potencializa o efeito das medicações associadas a estas condições. Assim, é possível diminuir em até 50% a dosagem de fármacos, o que também contribui para uma melhor qualidade de vida.
Além disso, o DBS pode ser utilizado como complemento ao tratamento de patologias psicológicas, como certos tipos de depressão que se tornam resistentes a tratamentos convencionais. Estudos indicam que esta técnica também é utilizada para tratamento de distonia.
Em outros termos, trata-se de uma técnica em que se busca modular respostas neuronais em determinada área cerebral. O processo não é invasivo e não provoca qualquer tipo de dor ou de desconforto.
Este procedimento pode ser de benéfico para pacientes com depressão refratária, transtorno de ansiedade, além de casos de sequelas pós-AVC (Acidente Vascular Cerebral), dependência química, dor do membro fantasma, estresse pós-traumático e de dores neuropáticas.
Já a Estimulação Elétrica Transcraniana ou Transcranial Direct Current Stimulation (t-DCS), é uma técnica que também objetiva a estimulação cerebral, mas feita por meio de descargas elétricas de baixa intensidade.
Como é realizado A NEUROMODULAÇÃO?
No caso da TMS, um aparelho gera uma corrente elétrica que é convertida em um campo magnético, e que assim atua diretamente na região do cérebro que se busca tratar. Importante salientar que a força magnética gerada não é prejudicial e não causa dor.
A t-DCS, por sua vez, é realizada também por meio de um aparelho, mas que, nesse caso, gera uma corrente elétrica contínua de baixa intensidade (1-2mA). A corrente é aplicada no crânio, na região onde se busca atuar.
Ambas as técnicas, quando aplicadas em sessões consecutivas e com frequência padronizada, trazem efeitos benéficos para pacientes que necessitam da neuromodulação para tratar diversas condições de cunho psicológico, psiquiátrico e neurológico.
Além disso, os procedimentos são seguros, não-invasivos (não-cirúrgicos), indolores e atuam com emissão de correntes elétricas de caráter totalmente inofensivo para o organismo.
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A DBS consiste na implantação de eletrodos nas regiões específicas do cérebro onde se busca tratamento para as patologias das quais já falamos anteriormente. Tais componentes são conectados com um dispositivo neuroestimulador, uma espécie de marcapasso, que é implantado no peito do paciente.
O marcapasso, assim, é acionado automaticamente, enviando os sinais elétricos para os dispositivos implantados no cérebro. Todo esse sistema é composto por micro componentes discretos, que ficam embaixo da pele, sem serem notados – a não ser pelo toque.
Quando os neurônios recebem os sinais elétricos, seu funcionamento fica alterado, o que dessa forma contribui para a melhora nos sintomas das patologias neurológicas descritas.
Trata-se, portanto, de um procedimento cirúrgico. Apesar disso, o processo é simples, a recuperação é muito rápida, e na maioria das vezes não requer que o paciente fique em UTI após a implantação.
O tratamento é geralmente realizado por médicos ou profissionais especialistas que fazem parte da equipe do Instituto Nere.
Existem contraindicações para este tratamento?
Tanto a TMS quanto a t-DCS possuem contraindicações para sua realização:
- Não possuir dispositivo médico eletrônico implantado, como marcapassos;
- Não possuir objeto metálico ou ferromagnéticos dentro da caixa craniana – por exemplo, algum tipo de prótese;
- Não apresentar ferimentos, inflamações ou infecções na pele da região da cabeça a ser realizado o procedimento;
- Quadro de epilepsia e convulsões.
O preparo para a realização da DBS consiste no mesmo que é solicitado a qualquer paciente que passaria por cirurgia e que necessita de administração de anestesia.
É muito importante informar ao médico qualquer condição médica ou medicamento que esteja tomando antes de realizar o tratamento, pois eles podem afetar os resultados.
Existe algum preparo para a realização do tratamento?
Antes da realização dos procedimentos de TMS e t-DCS é necessário tomar certas precauções, cuidados e preparo prévio:
- Não ingerir bebida alcoólica antes de cada sessão do tratamento.
- Realizar avaliação médica de cunho psicológico e neurológico para avaliar as condições gerais do paciente.
- Realizar exame de eletroencefalograma prévio para verificar condições cerebrais e neurológicas até então desconhecidas e que possam ser impeditivas para a realização dos tratamentos.
Outras recomendações: siga-as em qualquer procedimento no Instituto Nere
- Não se esqueça de levar seus exames anteriores, principalmente se você tiver exames recentes e da mesma natureza do procedimento que você fará no Instituto Nere.
- Informe ao médico sobre seu histórico médico, incluindo doenças anteriores, pré-existentes e cirurgias.
- Informe ao médico se você estiver tomando algum medicamento antes do exame, seja de forma eventual ou contínua.
- Informe ao médico se você tem alguma alergia a medicamentos ou a quaisquer outros tipos de materiais ou substâncias.
Tenho uma dúvida, com quem eu posso falar?
É muito comum que os pacientes tenham dúvidas sobre exames e procedimentos. Por isso, não hesite em entrar em contato conosco se surgirem quaisquer tipos de dúvidas.
Telefone fixo: (11) 3177-3111
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